Nem o tempo nem a distância nos separam, Aldara Bizarro

ATELIER VIRTUAL

07

Maio

Sobre

_ O projeto que proponho é a criação de um espectáculo de dança contemporânea, sobre o amor, no seu espectro mais alargado, primeiro, tentando perceber de que é que falamos quando falamos de amor, qual a sua influência em nós, no nosso corpo, como nos afeta e como nos transforma. O trabalho é alicerçado no processo de pesquisa autobiográfica de cada participante, construído a partir de um jogo, no qual a conversa, a dança e o pensamento, se cruzam permanentemente, e que tem como objetivo conhecer e aprofundar o nosso património de memórias ao mesmo tempo que o transformamos em dança. Para isso, recorremos a vários estímulos para a ignição do projeto, como a leitura de textos, visionamento de fotografias, de trechos de filmes e de vídeos de dança. Como funciona? Primeiramente, trabalhamos em conjunto. As sessões começam sempre com uma aula de dança acessível a todos os participantes que tem como objetivo, descontrair, animar, e explorar as possibilidades de interpretação do que sentimos. A parir de meio da sessão visionamos um elemento de ignição e partimos para a elaboração conjunta do jogo de pesquisa autobiográfica que irá influenciar as pequenas coreografias que também fazemos em conjunto. Numa segunda fase, passamos ao trabalho individual, no sentido de criar pequenos solos que depois serão apresentados no projeto. Esse processo será sempre acompanhado por mim. E por fim, outra vez reunidos, montamos o trabalho final, coreografando todos os momentos que se consideraram válidos para a apresentação do espectáculo.

Públicos:

_ N.º de participantes: 8 | Sessões por semana: 3 sessões, de 2 horas | Períodos de trabalho: De 1 a 28 de Fevereiro | De 15 de Março a 4 de Abril. | De 1 a 9 de Maio

As atividades culturais são, na nossa cultura, compreendidas como momentos de encontro, em que a comunidade se reforça e a cidadania se expressa. A crise aguda que se instalou na nossa vida concreta interrompeu os modos normais de relação a que nos habituámos, baralhou os circuitos de criação, produção e fruição das coisas artísticas. Persiste a necessidade de reinventar o gesto artístico e de explorar a sua prática à distância, como persiste o confinamento de uma parte importante da população, por razões de saúde, relacionadas ou não com a pandemia, mas também por razões sociais, geográficas, familiares...